terça-feira, 7 de junho de 2011

Entrevista com o colunista do Inter, Fabrício Falkowski, do jornal Correio do Povo.

1) Que motivos o levaram a querer ser  jornalista?
Na realidade, sabia que precisava de algo ligado às humanas. Fiz vestibular para direito, passei e acabei não cursando. Um ano mais tarde, fiz e entrei na UFRGS para fazer história. Quando estava na metade do curso, fiz vestibular na PUCRS para jornalismo, passei e fiz o curso. Acabei me formando nas duas, quase juntas em 1999 em história e em 2000 em jornalismo.

2) Na sua opinião,qual a principal característica que o jornalista deve ter? E como ele não deve agir?
A principal característica é a credibilidade. Se as pessoas não acreditarem no jornalista, ele pode largar. Não tem futuro. Mas também precisa dominar a língua. Ou seja, escrever e falar bem. Tem muitas coisas que ele não deve fazer.

3) Qual a sua opinião sobre a ética no jornalismo? Você procura segui-la?
Sem dúvida. Agir com ética gera a credibilidade citada na resposta anterior. Exemplo? Semana passada, uma fonte foi até o Correio do Povo me entregar uns documentos sigilosos sobre o Inter. Mas ele só fez isso porque tinha 100% de certeza que eu jamais vou citá-lo. Nem para minha mulher vou dizer quem foi. A máteria saiu no dia seguinte(sexta-feira), com grande repercussão.

4) Sobre a área em que você trabalha, o jornalismo esportivo, você aconselha aos novos jornalistas esportivos a declararem o clube que torcem ou deixarem no anonimato?
No Rio Grande do Sul, o ideal é manter o anonimato. Tem muito torcedor que confunde as coisas. Pra aqueles que dizem que eu escrevi algo por ser gremista/colorado, tenho uma resposta padrão: Tu acha mesmo que eu colocaria minha profissão em risco escrevendo uma matéria ruim para beneficiar um clube?Tenho familia para sustentar, trabalho para eles, não para elogiar/criticar um clube por torcer ou não por ele. Entendeu?

5) Na área esportiva,você prefere trabalhar na redação, na rua como repórter ou na assesoria de imprensa?
Reportagem é o "filet mignon" do jornalismo. Fazer boas matérias, contar histórias é o melhor para se fazer na área. Por isso, acho que a experiência em veiculos é importante para todos os jornalistas. No entanto, mais cedo ou mais tarde, quase todos acabam fazendo assessoria. Paga mais e cansa menos, na maioria das vezes.

6) Qual a sua dica para os futuros jornalistas, e o que você tem a dizer sobre o futuro do jornalismo?
O jornalismo sempre vai existir, seja onde for. As pessoas precisam e sentem-se "confortáveis" quando têm acesso à informação. O que pode mudar é o veículo: do jornal para o tablet, etc. No entanto, seja onde for (tv,rádio,internet,jornal,etc.), sempre vai ser preciso saber falar e escrever. Ou seja, pratiquem lendo e escrevendo, é o caminho.

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