terça-feira, 21 de junho de 2011

Entrevista


Foto: Wesley Santos 




     A repórter e apresentadora da RBSTV e TVCOM, Débora de Oliveira, que apresenta ao lado do comentarista Maurício Saraiva, o programa  Diretoria FC, de segunda à sexta, às 21h na TVCOM,  me recebeu para entrevista-lá. O assunto da entrevista não poderia ser outro: jornalismo. 
1.   O que te levou a ser jornalista? E por que escolheste o jornalismo esportivo?
Bom eu nunca quis ser jornalista, eu sempre quis trabalhar com futebol. Eu sempre quis estar no meio do esporte. Como sou filha única, meu pai não tinha o filho homem para levar nos jogos dele, então ele me levava. E aí, eu desde criança ia com ele nos jogos, e acompanhava ele sempre nas coisas que ele fazia. Quando cresci, eu jogava vôlei na Ginástica, lá em NH, eu queria fazer alguma coisa relacionada ao esporte. Daí pensei, vou fazer educação física e vou trabalhar com isso. Porém, meu professor, técnico do vôlei, o Juca na época, me chamou e disse assim: “tu não vai fazer educação física, por que eu ganho tão pouco quanto o estagiário, e eu não vou deixar tu fazer Ed. Física.” Eu sempre tive problema na coluna,  tenho até hoje, e eu fazia fisioterapia, me lembro que na época vários jogadores de vôlei da Frangosul faziam fisioterapia junto comigo. Bom, então eu vou fazer fisioterapia, por que daí eu posso tratar os atletas, ou seja, eu vou continuar ligada ao esporte. Desisti porque tinha uma cadeira de anatomia, e eu tive sempre muita dificuldade em tratar com os mortos. No 2º grau fiz magistério, tava na dúvida em que, que eu ia fazer na faculdade e eu tinha uma professora no Santa Catarina, que era o colégio em que eu estudava, a professora Schirley, que disse: “a gente vai começar a usar esta tagarelice da Débora, prá alguma coisa boa pra a escola.” E então eles começaram a me botar pra apresentar o Festival de Talentos, a Feira de Países, Feira de Ciências, tudo que tinha alguma coisa pra apresentar, eles me buscavam na sala e eu que apresentava. E aí eu fui fazer Jornalismo em função disso, porque eu poderia trabalhar nessa área e lidando com o esporte.   E foi por isso, que eu fui ser jornalista, por causa do esporte. Não foi assim, primeiro fui ser jornalista, depois fui ser jornalista esportiva, não, já queria ser jornalista esportiva, desde antes de passar no vestibular.

2.  E tu não tinhas vergonha, quando a escola te colocava pra apresentar?
Não, nem um pouco de vergonha. Hoje eu tenho mais vergonha que antigamente. Na época eu não tinha noção, eu brincava de fazer aquilo ali, achava super legal. Hoje eu tenho mais vergonha do que antigamente, assim, hoje eu tenho um evento que tem um monte de gente, eu já sou mais na minha, reservada, tenho vergonha, fico constrangida quando ficam me olhando. Quando tu sai, e as pessoas te reconhecem, fica todo mundo te olhando e eu fico com vergonha. Mas na época eu não tinha noção do que era, eu fazia por achar legal, não tinha noção da responsabilidade, que eu tava tendo ali naquela hora com toda a escola olhando, todos os coleguinhas avaliando, até achava que eles nem estavam me avaliando, assim né, como ela faz bem, como ela faz mal. Na época, eu não tinha vergonha.

3.  Como foi sua trajetória até se tornar repórter e apresentadora da RBS TV e TV COM?
Então, eu quis ser jornalista esportiva, mas não tinha passado no vestibular ainda.  E eu vi no Jornal NH, que a Rádio ABC 900, estava fazendo um concurso para um programa feminino, nos mesmos moldes de um programa de debates esportivos, tipo um sala de redação, que já tem mais de 20 anos. Nesse programa eles priorizam o esporte da região, o Novo Hamburgo, o 15, o esporte amador, claro que também a dupla grenal, o futebol brasileiro, mas a prioridade é o futebol da região. Eu me inscrevi para esse concurso, quando eu tinha 17 anos, e eles escolheram 4 mulheres pra fazer esse programa. Era uma vez por mês, todo o domingo, e eu fui uma das escolhidas. Fiquei três anos fazendo esse programa na rádio ABC, eu trabalhei 7 anos no Grupo Sinos. Então, a Bandeirantes me convidou, e eu fui pra Band. Na Band eu fazia o Toque de Bola, debatia com os homens, comecei como substituta, assim quando um não estava eu tava. Eles viram que era muito legal a resposta do público, quando eu estava e acabei me tornando integrante fixa do programa. Eu também apresentava um programa na Rádio Bandeirantes, todo o domingo de manhã. Ali eu não fiquei nem dois anos. Daí eu vim para a RBS TV, e aqui estou há quase 5 anos.

4.  Sabemos que a rivalidade grenal é muito forte. Como você lida com ela?
A partir do momento que tu começa a trabalhar com isso,  ter isso como teu dia-a-dia, acompanhar treinamentos, acompanhar o trabalho deles e tal, tu perde esse lado de torcedor. Tu consegues perder, inclusive é muito difícil de recuperar, eu hoje, se  não fosse uma jornalista esportiva, eu acho que não teria nenhum time pra torcer, pra escolher assim, porque a gente acaba vendo tudo de perto, vendo que não é bem assim, como o torcedor sonha, idealiza e a gente acaba perdendo isso . E sem falar que quanto melhor eles forem, melhor será para o nosso trabalho. É muito ruim, ter uma crise, como agora está acontecendo uma no Inter, no Beira Rio. É muito ruim. É um clima pesado que a gente não quer transmitir para o torcedor, para os telespectadores. A gente gostaria estar transmitindo coisas boas, então acaba envolvendo isso. É inegável que o torcedor até hoje cria um personagem, e  acha, que ela é gremista ou ela é colorado, então às vezes, eles não gostam, nem prestam atenção na minha matéria, por que ele acha que eu sou colorada, então ele já não gosta de mim. Ou ele nem sabe o que eu falei no meu texto, ele já adorou, porque ele acha que eu sou gremista, então ele já acha super legal. Então querendo ou não eles ainda avaliam muito o nosso trabalho, pelo o que eles acham que a gente é,  para quem eles acham que a gente torce, mas na verdade se perde totalmente.

5.  Pelo fato de ser mulher, você já sofreu ou sofre preconceito?
Hoje é muito mais tranqüilo por que não é mais, ah olha ali uma mulher no meio. Não, hoje em dia é natural ter várias gurias trabalhando no estádio. Quando eu comecei há treze anos, tinha. Então, assim sofri preconceitos, já tive que sair do campo, por que um fiscal da federação achava que eu estava lá só para assistir, que eu estava inventando, que eu não estava trabalhando. Já teve jogador que disse ah, quando eu te vi lá no campo, eu fui ligar o rádio para saber se tu entendia mesmo. Então ainda existe e vai existir sempre, por que é um reduto totalmente masculino. Mas, hoje em dia já é mais comum eles verem as mulheres inseridas neste meio, então eles já tratam de igual para igual. Eu tenho um respaldo, um respeito muito grande por parte deles, porque eles conhecem o meu trabalho, eles gostam, a gente tem uma afinidade. Eu tenho uma afinidade com os atletas, com os dirigentes, com os treinadores, com as comissões técnicas, que é bacana, então eles respeitam isso, e de maneira alguma me fazem sentir que pelo fato de ser mulher estão me tratando assim. Antigamente eu já sofri bastante.

6. No ano passado o Supremo Tribunal Federal derrubou a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Qual a sua opinião sobre esta decisão?
Eu acho que toda formação é válida, e é importante. Quando eu comecei a estudar jornalismo, eu já trabalhava na área, eu já fui criando experiência. Aí quando eu me formei uma professora minha entregou o diploma prá mim, e disse assim: “isso aqui é só um papel, tu já é jornalista faz tempo”. Ela falou prá mim, porque eu já estava envolvida na área e algumas profissões te permitem isso. Mas eu acho que o mercado ainda, está buscando profissionais que tenham esta qualificação. Eu não acho que quem não tenha o diploma, não pode ser considerado jornalista, porque as coisas que tu vai exercendo no dia-a-dia, vivendo o contexto do esporte, dos veículos que tu trabalha não dependem daqueles livros que tu leu, é muito mais na prática do que na teoria. Mas acho que o mercado ainda faz com que a profissão se torne valorizada, porque eles contratam quem tem diploma. A maioria contrata quem tem diploma, então esse é o lado bom, de as pessoas se qualificarem e buscarem a sua formação, independente do que diz a lei, se bem que agora eles tão tentando recuperar.

7. Qual a sua opinião sobre a ética no jornalismo? Você costuma seguí-la?
Acho que é fundamental, acho que na vida é fundamental tu ter ética, não só no jornalismo. Isso faz com que tu tenha credibilidade junto com as tuas fontes, teus entrevistados, com teu público. As pessoas só vão reconhecer a pessoa que tu é, o profissional que tu é, através da tua postura. Se tu não tiver essa postura, se não tiver uma ética profissional e pessoal, nada que tu fizer vai ser valorizado, eu acho, ou vai ser levado a sério, e eu prezo muito por isso.

8.     Qual a principal virtude que o jornalista tem que ter?
Olha tem que ser muito forte, vou te dizer. Porque jornalista ganha pouco e porque a gente trabalha muito. As pessoas não sabem as vezes, o que está acontecendo na rua delas, no bairro delas, na casa delas. As vezes elas não sabem o que está acontecendo com o irmão dela no quarto ao lado, mas  do time dela ela sabe. Então, a gente tem que estar sempre  buscando todas as informações, sempre se aprimorando, sempre estar bem informado, sempre buscando o diferencial para chamar a atenção, sempre indo além daquilo que as pessoas em casa já sabem. Hoje em dia a concorrência está cada vez maior com estas histórias da internet que instantaneamente a notícia está no site. O pessoal de TV tem que se puxar mais, porque eles vão ver o nosso programa só amanhã. É a mesma coisa com o pessoal do jornal, amanhã eles lendo o jornal do que aconteceu hoje, já é velho, então eles tem que avançar sempre com as notícias, e isso faz com que a gente se dedique ainda mais. Então para ser jornalista tem que ser uma pessoa incansável, em busca de renovação, informação e de se tornar ou ter um diferencial. E para as meninas a dica principal é realmente gostar de futebol, porque hoje em dia eu vejo muitas meninas  que querem seguir nesta profissão por terem a oportunidade de conviver com os jogadores de futebol. Quando é muito mais do que isso. Quando isso não quer dizer absolutamente nada na nossa carreira.

9. Dê uma dica para os futuros jornalistas.
Tem que sempre buscar o diferencial, se aproximar cada vez mais do público. Procurar assumir a profissão com compromisso e responsabilidade.



       Após a entrevista, Débora me mostrou o estúdio de onde todos os programas da TVCOM são apresentados e gravados...


       ... e o estúdio onde os programas Bom Dia Rio Grande, Jornal do Almoço e Globo Esporte são apresentados.
 

Postado por: Nicolle Trierweiler Frapiccini

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A tal da entrevista

   Como um dos meus afazeres na universidade, mais precisamente na aula de Introdução ao Jornalismo, era entrevistar um jornalista, fui atrás de um. O meu entrevistado é o jornalista Pedro Chaves, chefe e editor do setor de atendimento ao leitor da Zero Hora. Acabei marcando a entrevista para quarta feira, dia 15 de junho, às 18h.
   Cheguei à redação da Zero Hora, exatamente, às 18:01h. Quando entrei na portaria, o responsável por cuidar de quem entra e quem sai, olhou para mim com certo desprezo, meio que me encarando, perguntou: “O que é?”. Também pudera, se eu estivesse no lugar dele olharia do mesmo jeito. Levando em conta que 18h já praticamente noite, e cheguei lá com um boné virado para trás, mochila nas costas, brinco na orelha e barba mal feita, ele certamente deve ter pensado que era um “marginal” ou coisa do tipo. Mas olhei para ele e respondi: “Tenho hora marcada com o Pedro Chaves”. Em seguida, o senhor responsável pelo entra e sai do prédio da Zero Hora, autorizou a minha entrada. Entrei no elevador e subi até o quarto andar, ao descer lá, uma menina me levou ao encontro do senhor Chaves, chegando perto dele, se apresentou e pediu para sentar, e apontou – me uma cadeira. Logo que sentei, falou – me que estava terminando algo, depois de terminar, ele olhou para mim e disse: “Se importa de esperar cinco minutos?”, respondi que não e ele saiu, na verdade, quase todos ali presentes saíram também. Acabei descobrindo depois, dia 15 de junho é aniversario de Paulo Sant’Ana, e todos foram numa espécie de comemoração para ele, dentro da própria redação. Deixe – me explicar, não sei muito bem, mas a redação onde ocorreu a tal comemoração era uma e eu estava em outra, acredito, um pouco menor. Pedro ficou muito mais do que cinco minutos lá onde estava ocorrendo à “festinha” de Paulo Sant’Ana, não sei ao certo, mas passou dos vinte minutos. Mas ele voltou, e comecei a entrevista.

   Fui logo lhe perguntando: Como foi sua trajetória até chegar aqui? Onde se formou, trabalhou?
Pedro Chaves: “Comecei estudando jornalismo na PUC. O curso de jornalismo demorava quatro anos para ser concluído. Fui convidado a trabalhar na Zero Hora da 7 de setembro. Quando estava começando o segundo ano de faculdade fui convidado para trabalhar no Correio do Povo, mas ficava muito longe da PUC. Então o meu chefe na época me perguntou: ‘Não se importa de trocar a PUC pela UFRGS?’, respondi que não e eles conseguiram me transferir para UFRGS. Porém, na universidade da UFRGS o curso de jornalismo era de três anos, teoricamente iria terminar mais rápido. Mas ao término do terceiro ano não pude concluir, o reitor da universidade disse que eu teria que fazer mais uma cadeira que se chamava História do pensamento artístico brasileiro. Mas nessa época a UFRGS também decidiu passar o curso de jornalismo de três para quatro anos e queriam que eu fizesse quinze cadeiras. Como eu já trabalhava como jornalista, já tinha praticamente concluído o curso, achei um absurdo isso e decidi largar de mão e processar a universidade. Então o reitor me chamou e disse: ‘Olha se tu vai processar a universidade, você certamente vai ganhar, mas daí vamos recorrer e isso nunca vai acabar’, acabei então fazendo mais quatro cadeiras, duas em cada semestre e consegui o meu diploma. Depois de formado, em 1970 fui convidado a voltar para Zero Hora, queria ser repórter, mas fui convidado a ser editor da revista ZH e também do segundo caderno. Depois fui chefe de redação, mas 1975 voltei para o Correio do Povo. Quando Guilherme Villela foi eleito prefeito de Porto Alegre, fui convidado para ser chefe de imprensa da prefeitura. Em 1984 fui convidado, novamente, para trabalhar no Correio do Povo, na Folha da Tarde. Mas nessa época o jornal estava caindo, descendo, uma situação deplorável, fiquei só três meses lá. Para alguém que já trabalhou no auge do jornal, era difícil ficar lá naquela situação. No final do mesmo ano fui para Zero Hora novamente, onde fui editor de política local por sete anos. Em 1991 fui editor geral. Em 1993 Guilherme Villela era secretário de transportes de Porto Alegre, então fui convidado para trabalhar na prefeitura novamente, fiquei até 2002. Quando sai de lá fui chamado para ir para a Zero Hora, mas não queria ser mais editor, então fiz um freelancer com o atendimento ao leitor. E agora, desde 2003, sou chefe e editor desse setor.”

Eu: O que levou você a ser jornalista?
Pedro Chaves: “Na verdade, eu queria ser médico. Apesar de que todos os testes vocacionais que fiz, nenhum deu medicina, a maioria dava: direito, arquitetura. Mas decidi fazer o vestibular para medicina. Não passei. Logo que sai do colégio, eu e um amigo fazíamos uma revista, toda padronizada, com títulos colorido, o que na época era bem diferente. Apesar da revista não ter dado muito certo, quando fui fazer o vestibular novamente, fiz para medicina e jornalismo, enquanto o meu amigo, fez para medicina, odontologia e jornalismo. Ele passou em odontologia e jornalismo, mas decidiu ser dentista, ou seja, queria ganhar dinheiro. Já eu, como só fiz duas escolhas, não passei de novo em medicina, fui ser jornalista.”

Eu: O que exatamente você faz?
Pedro Chaves: “Atendemos ao leitor, lemos e respondemos todos os e-mails, telefonemas e até cartas. Outro dia recebi uma carta datilografada. O leitor pode nos mandar sugestões e também críticas. Nós selecionamos as cartas e e-mails e passamos para as outras editorias. Também temos um programa de cadastramento ao leitor. Nesse cadastramento tem nomes e informações sobre cada pessoa que está cadastrada. Os e-mails de leitores não cadastrados vão para o ‘Leitor 2’, os leitores cadastrado, que já são 28 mil, vão para o ‘Leitor 3’, e o que vai sair na edição vai para o ‘Leitor 4’.”

Eu: Qual a dica que você dá para futuros jornalistas?
Pedro Chaves: “Bom, atualmente estamos com essa situação de jornalistas sem diplomas, eu sou contra isso, para mim, jornalista tem que ter diploma. Acho que a pessoa que quer ser jornalista tem que sentir vocação e entender que, assim como qualquer outra profissão, existem os famosos e não famosos. Você não pode querer entrar no jornalismo pensando que logo vai ser famoso, talvez isso nunca aconteça, mas não quer dizer que seja um mau jornalista. Tem muitos bons jornalistas por ai que não são famosos, mas mesmo assim são muito importantes. São as formigas operárias do jornalismo. A minha filha mais velha é jornalista, eu não a aconselhei a entrar nessa profissão, mas mesmo assim ela quis. Era o que ela queria, mas não deu muito certo, agora ela e uma amiga dela abriram um pequeno bistrô e está indo bem. Se soubéssemos que isso iria acontecer, teria a mandado fazer um curso de culinária ao invés de jornalismo. Agora a minha filha de 17 vai fazer vestibular no final do ano para publicidade, fazer o que, é o que ela quer, tem que fazer aquilo que gosta.”

Eu: Quando começaste a estudar jornalismo, qual era o seu objetivo?
Pedro Chaves: “Nunca planejei nada. Sempre deixei a vida me levar, nunca planejei ser chefe e editor do atendimento ao leitor.”

   Depois dessa pergunta encerrei minha entrevista com o senhor Pedro Chaves, ao levantar – me para ir embora ele me perguntou: “Qual universidade mesmo que tu estudas?”, eu respondi Unisinos e acrescentei: “Sou aluno do Eduardo Veras”, então ele falou “Ah, o Eduardo Veras, grande amigo!”.


  Fui embora, quando passei pela portaria novamente, o senhor que tinha me olhado com cara estranha já não estava mais lá. Acabei pegando o ônibus com o intuito de descer no centro da cidade, mas acabei me descuidando e fui parar na Vila Nova, tive que pegar outro ônibus para voltar até o centro, e assim, poder voltar para minha casa.


Postado por: Matheus Freitas




terça-feira, 7 de junho de 2011

Entrevista com o colunista do Inter, Fabrício Falkowski, do jornal Correio do Povo.

1) Que motivos o levaram a querer ser  jornalista?
Na realidade, sabia que precisava de algo ligado às humanas. Fiz vestibular para direito, passei e acabei não cursando. Um ano mais tarde, fiz e entrei na UFRGS para fazer história. Quando estava na metade do curso, fiz vestibular na PUCRS para jornalismo, passei e fiz o curso. Acabei me formando nas duas, quase juntas em 1999 em história e em 2000 em jornalismo.

2) Na sua opinião,qual a principal característica que o jornalista deve ter? E como ele não deve agir?
A principal característica é a credibilidade. Se as pessoas não acreditarem no jornalista, ele pode largar. Não tem futuro. Mas também precisa dominar a língua. Ou seja, escrever e falar bem. Tem muitas coisas que ele não deve fazer.

3) Qual a sua opinião sobre a ética no jornalismo? Você procura segui-la?
Sem dúvida. Agir com ética gera a credibilidade citada na resposta anterior. Exemplo? Semana passada, uma fonte foi até o Correio do Povo me entregar uns documentos sigilosos sobre o Inter. Mas ele só fez isso porque tinha 100% de certeza que eu jamais vou citá-lo. Nem para minha mulher vou dizer quem foi. A máteria saiu no dia seguinte(sexta-feira), com grande repercussão.

4) Sobre a área em que você trabalha, o jornalismo esportivo, você aconselha aos novos jornalistas esportivos a declararem o clube que torcem ou deixarem no anonimato?
No Rio Grande do Sul, o ideal é manter o anonimato. Tem muito torcedor que confunde as coisas. Pra aqueles que dizem que eu escrevi algo por ser gremista/colorado, tenho uma resposta padrão: Tu acha mesmo que eu colocaria minha profissão em risco escrevendo uma matéria ruim para beneficiar um clube?Tenho familia para sustentar, trabalho para eles, não para elogiar/criticar um clube por torcer ou não por ele. Entendeu?

5) Na área esportiva,você prefere trabalhar na redação, na rua como repórter ou na assesoria de imprensa?
Reportagem é o "filet mignon" do jornalismo. Fazer boas matérias, contar histórias é o melhor para se fazer na área. Por isso, acho que a experiência em veiculos é importante para todos os jornalistas. No entanto, mais cedo ou mais tarde, quase todos acabam fazendo assessoria. Paga mais e cansa menos, na maioria das vezes.

6) Qual a sua dica para os futuros jornalistas, e o que você tem a dizer sobre o futuro do jornalismo?
O jornalismo sempre vai existir, seja onde for. As pessoas precisam e sentem-se "confortáveis" quando têm acesso à informação. O que pode mudar é o veículo: do jornal para o tablet, etc. No entanto, seja onde for (tv,rádio,internet,jornal,etc.), sempre vai ser preciso saber falar e escrever. Ou seja, pratiquem lendo e escrevendo, é o caminho.

Por traz das ondas do rádio...

Olá, estive estúdio da rádio Atlântida na terça-feira dia 07/06/11, durante a gravação do BARRACÃO que é uma das programações feitas pela manhã,  onde o ouvinte pode interagir ao vivo com os radialistas Rafinha e Luciano Potter e dar sugestões de música. O intuito desses vídeos é para que vejamos um pouco do que acontece quando o programa esta no ar e sabermos como é o ambiente de trabalho e aparelhagens necessárias para que os programas sejam bem feitos. Reparei que os sites de notícias e o Twitter, são muito utilizados para que seja mantida a atualização dos assuntos passados no ar, além de eles conversarem com os ouvintes, atenderem os pedidos de música, também lançam promoções e divulgam as festas.

Postado por: Maryana Motta